terça-feira, 23 de novembro de 2010

O abandono das 99


"Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?" (Lc 15:4)

É incrível como a igreja institucional prefere sempre os santos que oferecem segurança a placa denominacional. A auto-proteção interna da proíbe a igreja de ser de fato igreja, abrigar e socorrer aqueles que realmente necessitam: os estragados.
O próprio Deus sabe o quanto é difícil para o ser humano entender a necessidade de sair da área de proteção em prol de quem precisa, e dentro disso ele resolveu ser didático e utilizar parábolas, como a da famosa ovelha perdida. Por acaso em algum momento o pastor menospresou a tal da "ovelhinha rebelde" que resolveu fugir do rebanho e ir cuidar das 99 "ovelhas boazinhas"? Não.
Mas infelizmente é isso que vemos, quando alguem desagarra do rebanho, a igreja abre mão do seu papel de corpo e expurga-o.
Deus veio para os cansados, oprimidos, estragados, feridos, sujos, excluidos e não para quem está são.
É triste ver quando a igreja deixa de socorrer alguém porque esta pessoa não está mais com a pele limpa. Ao invés de cuidar e limpar, ela prefere que suje mais, machuque mais, e porque isso?
Se a igreja pode entregar uma cesta básica para uma família não-cristã carente, porque não pode ajudar uma família com um membro "desviado" que também precisa de ajuda? Talvez porque faça mais bem para a fama filantrópica da igreja, talvez porque querem se proteger de quem não oferece tanto benefício á imagem da placa da denominação.

Se querem ser igreja, sigam o conselho do próprio Jesus: Deixem de lado suas 99 ovelhas e criem coragem de socorrer aquela que por mais que tenha errado em se apartar, está ferida.


Referências:


Lucas 15
, Tiago 1:27, Mateus 11:28, Mateus 25:35-40

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Sobre o episódio que ocorreu com minha família - Casa Roubada

Alguns estão perguntando e para ninguém ficar sabendo de assunto distorcido, vou contar aqui o episódio que aconteceu com a minha família essa semana.

Estamos de mudança, porém a casa está em reforma o que está fazendo com que a gente fique fora de lá até que conclua tudo. Por estar na última semana de reforma, o pedreiro (de uma construtora conhecida, que já havia realizado trabalhos pra minha familia inclusive) mudou-se pra obra para finalizar, a mudança toda já tinha ido pra lá.
Fomos surpreendidas com a notícia que a casa INTEIRA tinha sido roubada, e que o pedreiro havia levado tudo em um caminhão durante a madrugada. TUDO foi roubado, roupas, móveis, eletrodomésticos, enfim, tudo que juntamos e construimos em anos, fora que muito era recordação e herança de gerações. A polícia já está por conta do caso, mas provavelmente muita coisa (se não for a maioria ou tudo) já foi "lavada".

Ainda não fazemos a mínima ideia de como vamos fazer daqui pra frente e como vamos reconstruir tudo, principalmente financeiramente e materialmente falando.

Não sou o tipo de pessoa que tem muita expectativa, não divulgo problemas pessoais e familiares, não gosto de dramas e prefiro não pensar muito em "leites derramados" o que facilita bastante a encarar as coisas, mas até pra pessoa mais "dura" do mundo, saber que sua história foi roubada, dói, por ser impossível de ser apagada e por envolver toda a sua vida.

Creio em um Deus que restaura, não só financeiramente, e se Ele permitiu que isso tivesse acontecido, é porque teve propósito, mesmo que na minha mente pequena, eu não venha entender por enquanto.
Creio também que a palavra de Deus não é mentirosa, portanto, Deus protege, então se de certa forma fomos atingidas ai, é porque Deus quis nos proteger de algo maior, isso não foi um abandono da proteção de Deus, e sim uma proteção além do que podemos entender a proporção... por enquanto.

Claro, minha mãe solicitou ajuda de muitas pessoas e principalmente da igreja para nos ajudar nesse momento, não tenho muita expectativa nisso, mas igreja, vamo ser corpo um pouco? E quanto aos amigos que já estão dando força, obrigada mesmo!
Queremos e precisamos de ajuda,
em oração e na prática!

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Sinto falta da igreja



Eu sinto uma falta enorme de algo que já fiz parte: a igreja.
Não me refiro a um prédio com altar e cadeiras, muito menos á figuras hierárquicas, me refiro a igreja ao pé da letra, o congregar, a comunhão, aquilo que nos faz chamar uns aos outros de irmãos, onde existe sentimento fraterno.
Minha igreja verdadeira foi na casa de amigos, dançando com o som do computador ligado, jogando alguma coisa, chorando no sofá no colo de alguém ou podendo ter quem me repreendesse ou me apoiasse.
Sinto falta dessa igreja. Tudo ali era de verdade, pessoas de verdade, problemas de verdade e o mais intenso era aquele sentimento de família. A igreja era minha família. Não os via como amigos simplesmente, fazia muito mais sentido chama-los de irmãos.
A partir dessa perspectiva, entende-se o que é a igreja que pra muitos fazem sentido. Não aquela coisa institucional, firmada em tijolos, demagogias e rituais. O culto de domingo era só mais uma celebração onde eu via ainda mais gente, aprendia e depois voltava pra compartilhar tudo aquilo com meus irmãos, fazia sentido pra gente, aquilo que na bíblia diz como "um só corpo". Sinto falta de quem e o que me edifica e me fortalece de verdade.
Mesmo em meio a minha falta e vontade de ter isso tudo de novo, em um momento, não encontro caminhos para voltar para essa igreja verdadeira. Cada irmão foi para um lugar, caminhos diferentes e alguns erros de deixar situações e pontos de interrogação tomar uma proporção maior que deveria, decepções, cicatrizes e feridas ainda doloridas causadas pela instituição e pela religião. Isso acontece/aconteceu só comigo?
Volta igreja, volta para que eu possa voltar pra você.
Nada ocupa o buraco que a falta da igreja me deixou, se a igreja é corpo, eu me sinto como um membro abandonado, ou um corpo desfalcado e não há nada que possa suprir isso.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

...Off by heart

The stars are aligned, but they don't align for us.
Excuse me for I am the ocean, and I will starve for you.
Will you know how to stay brave?
Such fragile moments we share,
You are my everything...
Even with nothing to say.

(city and collour)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Descanso

Me diz qual é a hora pra eu descansar um pouco de tudo.
A noite me cansa e eu quero acordar cedo no domingo pra não perder o ultimo dia antes da segunda, porque eu gosto de acordar sentindo o cheiro do café.
Me diz onde você vai estar amanhã pra eu não ter que procurar pela cidade inteira, não diz que vai ficar em casa,

como é que a gente vai se encontrar e descansar das noites frias de sexta e sábado na rua?
Já cansei de fingir que nao me canso de te esperar.

Eu vou te achar de tarde quando eu menos esperar, você nao se preocupe se está sozinho por muito tempo que eu sei que também tem alguem te procurando, só espero que não demore pra que se encontrem
e eu também estou esperando achar o meu descanso.

- Um Navio (banda aqui de Udi! a musica tá aqui)

Cais ao meus navios


Não acredito que seja tão assustador querer só poder deitar no travesseiro, no meu travesseiro, e dormir em paz, sem pensar em suposições ou em medos.
Ter toda a segurança de ficar um sábado em casa.

Queria estabilidade. Queria dormir com um rosto do lado que eu soubesse que seria o mesmo na semana seguinte, o mesmo semblante.

Queria não estar cansada, que o que me da descansos momentaneos fosse um descanso de fato, e não uma falta de paz subjetiva.
Eu queria ser o descanso do meu fardo,
mas um navio que não se tem nem se quer rumo, não pode ter um porto seguro.
Ao menos, dê porto aos meus navios.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

ensaiando paciência

Eu não sei da onde surgiu em mim uma espécie de paciência. Não sei se paciência é uma palavra certa, sempre questiono se uma pessoa ansiosa (como eu) pode ser ao mesmo tempo paciente, mas em mim, não sei como, existe essa confluência.
Derrepente comecei a segurar palavras, levar desaforo, engolir á seco e até fingir de boba.
Quem sabe isso seja uma confissão, frustrante para alguns, e confesso com um pedido de desculpas, mas preciso dizer que não sinto sempre aquilo que exteriorizo.

Não ando suportando tanta cara, aguentando calada e com um sorriso dissimuladamente inocente pessoas que juram que não sei o quanto falam as piores coisas ao meu respeito.
Essa paciência auto-flagelante me surpreende ás vezes, a ponto de aguentar até acordar constantemente do lado de alguém que eu sei que no mesmo dia pode virar o jogo e acordar com outra pessoa. Fingir que não vejo certos olhares e chegar dançando perto de quem eu vi que acabou de me olhar com desprezo.
Sim, eu vi todos os comentários, sei de tantas coisas faladas, histórias aumentadas, aquelas rodinhas de casos falsos, o que você diz para sua amiga, de beijos distribuídos á outras bocas por boca que beijo sempre, do que você disse sobre mim noite passada, mas e aí? O que esperam que eu faça? Morra, chore ou fique em depressão? Não... não sou disso, definitivamente. Aprendi que se for pra sofrer e preocupada, que seja por algo útil, e se não há nada a ser feito, se não se pode fazer nada. ignore, e se encher o saco ou começar a colocar sua honra em jogo, foge.

Talvez toda essa paciência se dá pela falta de paciência que eu tenho de criar casos chatos, gente gritando, olhar tordo, pessoas dividindo-se.... tenho uma preguiça incontrolável disso e essa preguiça é que me faz optar por parecer para alguns, ás vezes, a pessoa mais inocente, lerda, boba e cega do mundo.
Cada nome que está ao meu lado quase sempre, todo fim de semana, e eu cansada de saber de todos os olhares e palavras que eu teimo em ficar calada e fingindo a maior das inocências por pura falta de vontade de criar casos que eu considero chatos e desprezíveis.

Mas para contrabalancear essa "virtude" paciente, eu tenho uma enorme falha, me canso fácil de coisa que se torna chata. E rapidamente certas coisas se tornam chatas, perdem o sentido e enche o saco. E aí fica a espera, de quanto a pessoa aparentemente mais paciente do mundo vai se cansar disso tudo, derrepente.

Eu sou assim, derrepente eu sumo, paro pra pensar do nada, vejo cenas que me enjoam engolidas á seco, me canso e depois de tudo ou finjo que tá tudo bem ou coloco ponto final. O problema é que em tudo eu nunca sei quando vou fingir que está tudo bem, ou quando vou colocar o ponto final.

Desculpem-me os que sempre me acharam um doce de pessoa simpática e tolerante que não percebe nada, mas confesso aqui que a parte do tolerante e simpática pode até ser, mas não sou tão legal quanto parece e o que eu sinto por muitos não é tão doce e simpático quanto os muitos abraços que tenho dado.
" Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito. Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio perdido, meio sem alma, meio de plástico, meia bomba. E espera impaciente ser salva por uma metade meio interessante que me tire finalmente essa sensação de perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra ser assim? "

Tati Bernardi

terça-feira, 13 de julho de 2010

A Cura

Dead Fish

Dois mil anos mais, apenas por termos fechado os olhos algumas vezes, até quando culpar?
Sublimar o que é ruim, apontar o dedo assim, acreditar na redenção.
Se o pior está aí não posso estar em seu lugar, certo demais! puro demais!
Vidas fogem ao controle com as armas os beijos, carregados de seus pecados, frágeis,intensos.
Se deleguei o meu poder, controlado controlar, toda dor será prazer.
E todo orgulho esconderá que me mato em você.
A razão da vida é. E toda dor e todo prazer e todo sexo e poder e nos discursos feitos pelo bem.
Onde errei!?
Quantas vezes vamos desistir?
Quantas vezes omitir?
Culpar por culpa, curar sem cura.
E se em dois mil anos eu me curar?

E você...
já não estiver mais aqui.

Nada esperado, nem desesperado

"Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim - e eu não tenho a menor idéia do que você pensa a respeito, a gente não conversa sobre isso, só fica fazendo uma linha nada-tem-muita-importância, ou algo assim.
Esperar dói. Esquecer dói. Mas não saber se deve esperar ou esquecer é a pior das dores."
(Caio Fernando Abreu)

Me estranho nessa tranquilidade que estou, talvez eu tenha realmente tenha conseguido condicionar esse músculo que eu tenho dentro do peito esquerdo ou porque acredito piamente em mais uma frase de Caio Fernando:
"Não há nada a ser esperado, nem desesperado."

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Resumo da minha semana

O resumo da polêmica dor de cabeça que me ocorreu essa semana estão nestes 2 posts (que eu fiz a pouco tempo atrás), que são letras de música que tiram palavras da minha boca e complementam minha opinião. Vale a pena ler, inclusive antes de comentários.

- Manobristas de Homens

- Falso

Queda Livre

(Dead Fish)


Quando eu cai e beijei o chão, vi em seus olhos algum brilho de prazer.
Rastejei por algum tempo, entenda: isso foi muito bom pra mim!
Pude encarar minhas verdades, de frente pude ver o quanto posso errar, falhar e ver que pode ser muito natural.

Você é covarde demais pra entender o quanto é intenso!
Agora todos os extremos,
Insistir que o erro é dos outros!

Você devia vagar sozinho por aí e pela escuridão e perceber, e realmente ver que existir é muito mais.
Ainda me sinto tão cansado, mas sei, sou muito mais forte.
Já sei o que é estar só, estou pronto pra me levantar e caminhar em sua direção.

Você é covarde demais pra entender o quanto é intenso!
Sei o que é o fel e o mel, ao contrario do que pensa você.

Sim, você ainda pode me vencer, mas você sabe que não vou desistir,
Já provei do seu sangue em minha face, a dor já faz parte do total.

O tempo já não me importa mais, pois ainda estou aqui!
Aceite, estou aqui.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Exclusão por falta de máscara

Uma certa igreja na minha cidade, cedeu o espaço para que um político viesse responder as perguntas do povo sobre seus planos politicos e apresentar sua campanha. Como me interesso muito por saber o que candidatos pretendem e tenho mania de pesquisar tudo sobre eles, achei interessante a possibilidade de ter um contato mais proximo com esse candidato e até mesmo fazer algumas perguntas.
Havia muito tempo que eu não ia naquela igreja, queria muito ver as pessoas, como estava a estrutura do lugar e matar demais saudades. Quando cheguei ao local, a primeira coisa que falaram era como eu estava exagerando nas minhas tatuagens e aquele certo olhar de horror em cima do meu braço recém tatuado, disseram até para minha mãe que eu estava "esculachando" com essas tatuagens e com meu corpo. Eu estava usando um short jeans, uma regatona branca e meus velhos tênis Vans um pouco sujos do dia a dia (visual considerado de "extrema vulgaridade"), meus visual de sempre, e que consequentemente deixa quase todas as minhas tatuagens expostas. Até ai, nada fora do que uma pessoa com cerca de 15 tatuagens está desacostumada, quando fui entrando ao local, um pastor da igreja acompanhado de uma pastora, puxaram minha bolsa e seguraram ela dizendo que "daquele jeito" eu não podeira entrar na igreja, que eu deveria colocar uma blusa de frio por cima porque se eu não fizesse isso eu estaria desrespeitando os "irmãos" ali presentes, que eu não estava em condições de entrar naquele local com meus visual atual. Após algum tempo de discussão em vão e eu tentando dizer que não colocaria nenhuma máscara pra entrar na igreja, resolvi ir embora para evitar maiores conflitos.

Caso contado, digo o que senti e minha opinião sobre o assunto, falando inclusive sobre as opiniões alheias posteriores ao fato.
Vou colocar alguns pontos:
- Quando esse tipo de preconceito acontece fora da igreja, os crentes são os primeiros a falar que isso é um absurdo e que a igreja deveria acolher quem é vitima disso, mas não foi bem isso que aconteceu.
- Não acho que só porque aconteceu na igreja eu tenho que por pano quente não, isso é hipocrisia e farisaismo. Máscara. Se é na UNIBAN todo mundo pode falar horrores, se é numa instituiçao religiosa tem que ficar quieto? Por que?
- Preconceito é preconceito em qualquer lugar! Em escola, na padaria ou na igreja. Pré-julgamentos são pré-julgamentos independente de local.
- Não é porque eu tenho 50 anos ou 5 dias de igreja que eu me sinto menos ofendida com esse tipo de atitude, se sentir mal diante de um absurdo desses não depende de quantos anos eu frequento a igreja ou de quanto conhecimento bíblico eu tenho. Ofensa é ofensa. E eu ter a vida interia dentro de lideranças de igreja, não quer dizer que eu não precise de cuidados, que eu não passe momentos dificeis e muito menos que eu seja obrigada a aceitar e não me onfender com desaforos.
- Eu acho o cúmulo da hipocrisia quem vem falar "toma cuidado com suas palavras" e "Deus tá vendo o que você tá fazendo" só porque eu estou no meu direito de falar contra uma atitude incorreta que precisa ser confrontada pra que não afete mais pessoas. O próprio JESUS nunca deixou barato hipocrisia, preconceito, pré-julgamento, exclusôes e farisaismo dentro da igreja e sempre quebrou o pau em todas as ocasiões.
- Igreja não tem que ser um lugar pra gente ir mascarado, mas um lugar pra que possamos ser como somos de verdade, a igreja tem o papel de ser o único lugar onde podemos ir de cara lavada, como é mencionado na bíblia naquela esquecida frase que diz "venha como estás".
- Eu faço questão de ir mais, digamos, "bem comprortada" em algumas igrejas tradicionais para evitar desconfortos, mas em uma igreja que prega a liberdade de expressão e uma visão revolucionária que aceita as pessoas como elas são, eu acho que uma "capa santa" é desnecessária.
- Não me venham com essa de "eu teno que ser um exemplo porque eu sou líder de 900 anos de crente" porque aquilo era um serviçõ público, nem culto era, acorda gente!
- Por ultimo, posto que não era um evento religioso e sim um evento de SERVIÇO PÚBLICO, eu posso ir do jeito que eu quiser. Se por acaso um travesti ou uma prostituta entrassem lá dentro para sondar um político sobre suas intenções e manifestar seus direitos, eles também seriam barrados por "desrespeitar os irmãos"? Ou os "irmãos" só olham com maldade pra quem é da igreja?

Bom, analisem agora suas opiniões e o que é igreja pra vocês.
Lugar de máscaras ou do "venha como estás"?

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Á minha mãe, Wânia Magnino Cardoso


Confluência talvez seja a palavra certa para descrever essa pessoa que tanto tenta se descrever em parágrafos.
Pérolas e tatuagens.
Caberia em duas mulheres de Cazuza: Mulher Vermelha e Menina Mimada.
Talvez sua condição de perdigree ainda te faz temer soltar sua alma de vira-lata que por tantas vezes saiu livre e fez notícia, ainda que com um pé atrás.
Seja em morro, na rua, em um hotel 5 estrelas, em chão batido ou de mármore, o salto está lá.
Bíblias e Rod Stewart, mãe coruja e eterna adolescente.
Confluência em salto alto.

Parabéns pela mais confluente estréia que ocorreu em 1964

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Metades


Eduardo Baszczyn

Porque, há muito, eu erro a receita do equilíbrio. Uso a parte que não deveria na hora em que não poderia. Me confundo com as metades que brigam dentro de mim.

Porque parte acelera na estrada, no momento da curva fechada. Pé direito até o fim, enquanto outra freia, bruscamente, ao ver a primeira placa. Seta torta, avisando sobre o perigo.

Metade não suporta a burrice, a pequenez, a lerdeza. Outra, sempre calada, tolera a banalidade. Engole a ignorância. Convive com a mediocridade.

Há muito, eu erro a mão. A dose. Me confundo com o que devo usar. Porque metade briga. Explode. Dedo apontado na cara, enquanto outra se recolhe, quieta, debaixo da cama. No quarto fechado. No tudo escuro.

Metade berra. Outra sussurra.
Tenho uma parte que acredita em finais felizes. Em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado.
Tenho uma metade que mente, trai, engana. Outra que só conhece a verdade.
Uma parte que precisa de calor, carinho, pés com pés. Outra que sobrevive sozinha.
Metade auto-suficiente.


Mas, há muito, eu erro a mão. A dose. Esqueço a receita do equilíbrio. Me perco.

Há dias em que uso a metade que não poderia. Dias em que me arrependo de ter usado a que não gostaria.

Porque elas brigam dentro de mim, as metades. Há algumas mais fortes. Outras ferozes. Há partes quase indomáveis.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Outra história decadente do Evangelho da Prosperidade

O evangelho da prosperidade from iPródigo on Vimeo.



Eu poderia colocar a culpa na igreja corrompida exclusivamente no fato de um dia a igreja americana ter colocado as mãos nos conceitos luteranos, mas percebo que a disseminação do evangelho da prosperidade é uma questão que vai além de cultura ou antropologia, é questão de caráter.
Vejo os efeitos desse evangelho falho como uma manipulação psicológica que reflete na cultura mundial.
Nos países baixos como em muitos do continente africano, é inegável o crescimento das teorias da prosperidade em uma velocidade muito maior que em países de primeiro mundo, tudo isso devido a um falso caminho de esperança com vários pedágios no decorrer da estrada. Quando se vê os filhos com a barriga inchada por desnutrição enquanto sua dispensa está vazia e sabe que seus netos tendem a sofrer a mesma miséria, qualquer suposta "solução" em meio ao desespero é válida. Se alguém promete que seus filhos nunca mais vão sofrer e você nunca mais vai ficar uma semana se comer, e tudo com a garantia de um suposto "Deus", porque não acreditar? Porque não tentar ter essa esperança depois de já ter perdido tanto? Uma esperança falsa muito bem apresentada por casos isolados de testemunhos bem-sucedidos e contos mirabolantes de ex-miseráveis que agora possuem uma BMW em suas garagens. Junto a estas demonstrações de "riqueza pela fé", há manifestações de milagres e experiências supostamente divinas com Deus, que confortam ainda mais o psicológico dos futuros seguidores do Evangelho da Prosperidade.
Não acredito que toda manifestação espiritual nesses momentos seja falsa, porque só Deus sabe onde o coração de cada pessoa está naquele momento de clemência e eu creio em um Deus que se manifesta e conforta das mais diversas formas, mas jamais essa manifestação está presa a um "homem-testemunho ambulante", mas no coração que chora de cada pessoa que está puramente buscando um socorro, um suspiro final para suas vidas.
Minha vontade ao ver cenas de africanos entregando notas de dollar que poderiam alimentar seus filhos em troca de uma promessa humana com um falso carimbo divino, é de abraçar aquelas pessoas e falar que Deus é misericordia e graça, pra que peguem seu dinheiro de volta, comprem comida para seus filhos e acreditem em um Deus que conforta e ama independente de circunstancia, com uma graça literalmente gratuita adquirida em uma cruz a mais de 2000 anos atrás, um Deus que o papel não é dar uma BMW, mas que oferece alegria plena mesmo em meio a maior das misérias, uma prosperidade que vem de dentro pra fora e não de fora pra dentro. O verdadeiro sentido da palavra prosperidade, atribuída a José em Gênesis quando ele estava em um cárcere, longe dos privilégios considerados bênçãos por estes decadentes pregadores.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Razão

Tenho uma ternura enorme por você — e para mim é muito difícil isolar essa ternura da razão. Mas de jeito nenhum quero, sei lá, ser irresponsável ou não medir as conseqüências dum negócio que pode ser muito sério.

Mas a verdade é que ainda não quero me prender a nada, a nenhum lugar, a ninguém — a não ser que isso pinte com muita força.
Tenho planos, claro (todo mundo tem). Mas objetivamente estou sem nada aqui à minha frente. O momento futuro é uma incógnita absoluta.

Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções. Dar um rolé em cima disso não vai ser nada fácil. E as marcas ficarão — tatuagens.

Procurei um rótulo para pacificar o sentimento, mas não o encontrei.
Ela gostava de estar com ele, ele gostava de estar com ela. Isso era tudo

Ando sentindo umas coisas que não entendo direito. Não gosto de não entender o que sinto. Não gosto de lidar com o que não conheço. Além disso, sou terrivelmente instável e entender as minhas reações é coisa que às vezes nem eu mesma consigo.


(trechos de Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Falso - Colligere

Você vai ouvir se eu te trouxer velhas coisas pra dizer de outra forma?
Tão nova quanto posso negar o passado...
Tento carregar o peso das palavras,
Trago aqui as idéias que me formaram,mas esta forma também pode criar novas escolhas.
Lendo os fatos, produzo conseqüências.
Posso criar uma nova leitura
E o verbo então se fará carne ou toda pele será como
espelho?
E a paixão de um novo modo pode brilhar sobre essas
palavras gastas?
Toque de novo, toque o refrão da música
que diz tudo o que você pensa
Estrago aqui as idéias que me formaram
Se mudar meu jeito de falar, você vai ouvir?


Colligere

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Mais uma carta de um profeta ferido

De todos estes porquês latejantes e incessantes que me fuzilam nos últimos dias, o que mais queima é a ânsia de querer entender porque as mãos que eu tanto precisava pra me levantar só estão me jogando pedras mais doloridas do que o tombo que eu levei.

A mesma mão que eu só queria que me desse um impulso para que eu ficasse de pé, deu um tapinha nas minhas costas e então escutei friamente: "não se aproxime de mim, não posso me assentar na mesa dos escarnecedores".
Me lembrei então, que quando eu me encaixava aos padrões bem formatados da instituíção "igreja", eu havia socorrido aquela mão que me deu aquele tapinha nas costas e que doeu mais do que um soco.

Tudo que eu que eu queria era que dentro do corpo que deveria ter o nome de igreja, receber os abraços que tenho recebido nas ruas. Eu queria encontrar ali mais alegria do que em garrafas.
Não quero mais escutar estes julgamentos cegos e surdos, não quero mais meus próprios erros (nos quais estou cansada de saber quais são) jogados na minha cara com aquela desculpa batida de que "eu tenho que encarar a verdade", se esqueceram que é a décima vez que vocês repetem a mesma coisa? Não quero escutar mais coisas que eu nem se quer fiz, suposições tão injustas baseada em imagens semelhantes ás travas dos olhos de quem me condena. Eu só queria amigos, irmãos, sustentos. Mas a mão que deveria me por de pé só me apunhala. E que gosto eu tenho de estar em meio á um tribunal tão sufocante?
É tão incrivel como supostos irmãos se tranformaram em frios juízes.

Vocês nem se quer me perguntaram antes de divulgar notícias tão decadentes de vidas que não são as suas. Vocês nem conheceram antes de traduzir o coração alheio de acordo com seus próprios achômetros falsos. Vocês colocam vendas nos meus olhos que cada vez mais me impedem de ver a Deus.
Vocês me sufocam num dicreto golpe farisáico.

Me sinto imóvel sem saber o que fazer com que essas línguas me afastem ainda mais de onde eu deveria estar.
Me sinto sendo expurgada do corpo pelo próprio corpo. Será que ninguém pensa que qualquer parte misúscula do organismo faz falta?

Sim, decadente igreja, eu só gostaria de ter irmãos, "irmão", essa palavra que vocês tanto gostam de falar sem nem saber o sentido. Eu queria que vocês fossem aqueles que eu poderia contar tudo sem ter que passar por um descrédito seguido de um descarte que me tornaria realmente inútil no lugar onde eu mais precisava agir. Eu queria que vocês fossem aqueles que sorrissem comigo.

Me fere essa falta de gosto por estar onde eu deveria, mas o que me resta?
Não quero mais passar por uma espécie de batida policial cada vez que eu chegar perto de "santos" e nem ser revistada na porta do culto. Não quero mais me lembrar daquele olhar insuportável de pastores que decidiram não ir com a minha cara, eles deveriam ser literais pastores, os que cuidam de mim, mas estão sendo lobos. Como posso confiar?

Diante de tudo isso, declaro meu estado de profeta ferido e imóvel. Sedento por ser útil, sedento por ser fixado, reparado e voltar a funcionar.
Será que ainda restam os reparadores?

ESCUTANDO:
> Entre o céu e o inferno

> Manobristas de Homens

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Ice Cube Heart?

Mais uma só com trechos de Caio Fernando Abreu


Sabe toda aquela ideologia de que é possível viver sozinho? Pois é...
É esquisito, mas sempre orientei minha vida nesse sentido — o de não ter laços, o da independência, de poder cair fora na hora que quisesse.

Por não querer mais depositar esperanças em nada que pudesse vir de fora, já que de dentro nada mais viria, estava certo...
O maior medo era o destemor que sentia. Íntegro, sem mágoas nem carências ou expectativas. Inteiro, sem memórias nem fantasias.
Sem esperas, sem amarras, sem receios, sem cobertas, sem sentido, sem passados.
É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.

Como se seu corpo fosse apenas a moldura do desenho de um rosto apoiado sobre uma das mãos, olhos fixos na distância.
Mas também não vou te obrigar a ficar. Vou entrar na onda de ser moderninha. Independente. Fria.
O essencial sempre ficara no fundo, esmagado pela superficialidade.

Creio que o motivo pela esperança de que a luz e o calor pudessem amenizar a dor e secar as feridas, aproximei-me lentamente do fogo
No meio da fuga, você aconteceu.

Parece dificil de enxergar que insistir nisso é perda de tempo, é perda de vida em uma causa perdida.
Tão instáveis, hoje aqui, amanhã ali.

Me vem o medo de estar agindo errado, de estar gerando feições horríveis, que mais tarde não sairão com facilidade.
É preciso sim ser biônica, atômica, supersônica, eletrônica, vocês pensam que eu sou de ferro?
Esse é o maior problema dos desejos, eles não aceitam não como resposta. Você só coloca um ponto final nele se for até o fim.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Marinheira


Coração de marinheiros não tem dono, quem manda no coração dele é só a maré. Aventura atrás de aventura.
Marinheiros não conseguem ter rotina. Amores são de porto em porto, ama e desama, mesmo tendo seu navio maior sempre á espera.
Impossível ficar em um só lugar quando o mar é tão vasto. A casa é o mar, porque o mar é sem limites.
Ele fez uma aliança com a vida, casou-se com suas próprias asas.
Quantos amores, quantas loucuras, quantas histórias, quantas aventuras, quanta intensidade.
Jamais tente prende-lo á apenas uma terra sólida. Nunca é possível limitar o ilimitado.
Quem sabe um dia encontra um cais no qual vai repousar pra sempre,
Mas ainda há tanto pra viver...
Esse coração de marinheiro.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Olhos nos Olhos


por Chico Buarque

Quando você me deixou, meu bem, me disse pra ser feliz e passar bem.
Quis morrer de ciúme, quase enlouqueci,mas depois, como era de costume, obedeci.

Quando você me quiser rever,
Já vai me encontrar refeita, pode crer.
Olhos nos olhos.
Quero ver o que você faz ao sentir que sem você eu passo bem demais.

E que venho até remoçando, me pego cantando, sem mais, nem por quê.
Tantas águas rolaram, quantos homens me amaram bem mais e melhor que você.

Quando talvez precisar de mim, você sabe que a casa é sempre sua, venha sim.
Olhos nos olhos.
Quero ver o que você diz, quero ver como suporta me ver tão feliz.

Página em Branco


Ontem ao chegar em casa me deparo com a notícia que um grande homem de Deus, pregador e conhecedor genuíno da Palavra, passando dos 50 anos e reconhecido por sua vasta sabedoria, estava derrepente preso nas quatro paredes brancas de um hospital.
Chegamos a uma altura do campeonato em que tanto nos foi ensinado, já sabemos tanto (ou achamos que sabemos) sobre Deus que nada mais acrescenta com a mesma facilidade do tempo de inocência. Por mais que ainda provemos da graça diária e do cuidado de Deus, ainda falta aquele ensino quase didático que aprendíamos com tanto gosto quando ainda eramos meros alunos da grandiosidade de Deus. E que engano pensar que essa grandiosidade tem limites e que podemos nos sentir "diplomatas de Deus".
Me vi na mesma situação daquele homem, uma vez que eu já estava saturada e nada mais me encantava como nos meus primeiros passos. Eu estava em fardo, em um tédio espiritual carente de querer saber mais alguma novidade sobre Deus. Algo que eu ainda não sabia, além das teorias já ensinadas, dos versículos já decorados e das palavras já pregadas. Eu já sentia falta até mesmo de alguém que me provasse que eu estava completamente errada á cerca de algo sobre Deus, mas meu conhecimento que eu julgava tão vasto, me bastava e me bloqueava de tudo que era novo. E como é grande a necessidade de mais, do renovo de conhecimento diário, que eu já não tinha mais...
Por mais que eu reconhecesse e agradecesse o derramar da graça e dos presentes diários que mesmo sem merecer Deus nunca me deixou de entregar, ainda não era o suficiente pra que fosse realmente impressionante, á ponto de mudar alguma realidade minha, me mudasse um conceito, me surpreendesse de fato.
Deus também me permitiu ficar entre quatro paredes brancas, não devido á alguma doença da carne, mas á uma doença na alma. Derrepente todos os meus conceitos, toda a minha suficiência, todas as minhas certezas se desfizeram, eu fiquei com medo, me senti nua, pra onde havia ido toda a minha segurança? Me senti um papel em branco. Tanta aparente contradição, tanta dúvida, tanta dor e essa falta de conseguir conectar os fatos da minha vida e achar algum nexo nisso tudo me emparedaram.
Precisou de que eu fosse ao ponto zero para recomeçar a contagem.
Deus ainda tem tanto a me ensinar, eu já não conseguia aprender. Depois de tanto eu ensinar, eu já não conseguia aprender.
Agora é tempo de recomeçar a contagem, aquelas novidades que eu tanto esperava estão por vir, mesmo que em meio ao medo, sinto que finalmente vou me surpreender.
Eu era uma pedra, forte, bela, firmada (e ainda firmada), mas depois que foi fortemente ferida, descobriu-se que havia ouro por trás daquela rocha.
E estas quatro paredes brancas da minha alma me tornaram um papel branco.

Sou mera página limpa. Deus, comece a escrever!

Carta ao grande amigo

Chorar por saudade de um amigo, sentir o vazio que ficou, me faz ver que no meu coração (tão cheio de marcas e por hora tão petrificado) ainda há sentimentos genuínos de amor de verdade. Nesse oco que sinto no peito vejo que ainda preciso de pessoas, abraços, conselhos, um amigo!
Eu que guardo em mim uma auto-suficiencia e uma falta de segurança em confiar, observo os tijolos da minha insegurança caindo um por um quando eu vejo que desde quando você se foi um rombo passou a existir.
Eu sempre fui tão segura comigo, tão auto-tudo, tão independente, agora vejo que preciso de alguém mesmo que seja pra dividir um bolo feito em casa, e que esse bolo pode me fazer sentir viva!
Doeu de saudade e foi estranho. Por um momento pensei que se um grande amigo estivesse ao meu lado, eu pularia obstáculos com mais suavidade e se por ventura eu viesse a cair, eu teria uma mão pra me ajudar a levatar e até mesmo tratar dos meus machucados.
E quantas feridas na alma ainda latejam por eu não encontrar quem possa passar um remédio em cada uma delas.
Já não tenho com quem comentar os versos de Vinícius ou quem me deixa livre pra dançar enlouquente e rindo, livre, sem medo de um olhar torto, mas fitada por um olhar de alegria compartilhada.
Ah, se você estivesse aqui seria tudo tão diferente. Já não sei onde está meu equilíbrio e aquela alegria limpa que você tinha o dom de disseminar eu ando procurando nas ruas sujas.
Penso que essa sua falta é simplesmenre para colocar minha independência á prova. Hoje, eu que sempre me fiz forte digo: eu preciso, eu dependo.
Volta e me ajuda a colocar minha vida no ponto de equilíbrio que eu perdi desde quando sua ausência chegou.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

A Trava no Olho


"E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?" (Mt 7:3)

Não há como negar que estamos emergidos em uma confluência de novas teorias.
Ao nos apegar á Palavra de Deus, a bíblia, passamos a ficar cada vez mais intactos á influências de teorias externas aplicadas ao cristianismo puro e simples. A bíblia é Kriptonita para heresias.
A condição humana não nos deixa ficar imunes ao erro, uma vez que somos humanos, estamos sujeitos a ser infectados pelo o que nos cerca, de fatores psicológicos a sociais e isso é refletido no nosso comportamento e também nas nossas palavras.
Analisando esses fatos, penso como é errado colocar expectativas em homens. Por mais que o humano em questão tenha um belo diploma de teologia, um reconhecimento internacional ou longos anos de estrada, a condição de gente dele permanece intacta. Não podemos esperar de homens verdades absolutas, uma vez que qualquer verdade ou palavras vindas de humanos são carregadas de experiências pessoais, fatores psicológicos e sociais. Devemos vê-los como transmissores da palavra de Deus, pensadores abençoados com inteligência, mas ainda assim, sujeitos a falhas.
O maior mandamento é o amor, acima de qualquer conhecimento intelectual, e ao julgarmos alguém por ter criado uma teoria decadente ou ter falado alguma besteira devemos olhar para nós mesmos, para nossa própria condição e reconhecer que aquela pessoa é igual a nós. Que tipo de amor cria um tribunal surdo onde temos todo o poder de julgar sem ao menos conhecer? Deus é o único juíz porque só Ele conhece o coração humano verdadeiramente. Nós conhecemos letras, Deus conhece coração!
A crítica é essencial para contruir verdades e abrir olhos, mas para onde direcionar tais críticas?
Já houve uma cruscificação para que não precisássemos ser crucificados. Não precisamos mais botar ninguém na madeira.
Batam contra teorias e não contra humanos!
Palavras não tem coração, humanos têm. É aí que o amor que supera todo intectualismo é colocado em prática.
Inteligência não é ir contra uma pessoas, é combater palavras com palavras.


>>Escutando: Manobristas de Homens - Violins

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Minha capacidade produtiva anda comprometida.
Não por falta, mas por excesso.

Estou em uma fase caótica, um tubilhão de idéias e conceitos sendo trocados.
Meus olhos ainda estão ardendo depois que a janela abriu e entrou uma luz muito forte.
Estou tentando, aos poucos, organizar minha mente, na verdade ando pelo menos tentando agrupa-la ou separar por gavetas, acho que organizar eu nunca vou conseguir.

Muita coisa vem por aí, mas talvez possa haver um espanto em relação ás minhas posturas.
Penso que essa fase é necessária pra ampliar minha visão.

Eu penso demais, além da conta, chego a vislumbrar.
Seria muito mais fácil se eu me conformasse em ter uma bela aparência e um bom lugar no mundo, mas não foi essa a minha escolha.

manobristas de homens

Aos que esticam dedos pra apontar na primeira cara após qualquer atitude suspeita, á esses tijolos bem colocados travestidos de santuários falsos, aos que não tiram travas nos olhos.

"Ao chegar eles me revistam dos pés à cabeça,
Procurando alguma pista do que fiz na Terra,
Mas eu não preciso de aprovação, eu não exijo lugar no céu.

Vocês são manobristas de homens,
Nunca se importou em me conhecer, nunca pode.

Tente permanecer vivo presos aos impulsos dos seus próprios pés, da sua própria fé.
É tão incrível quão tolos são pretensos juízes do seu coração

Eles são manobristas de homens,
Nunca se importaram em te entender, que se fodam...

Ninguém controla o mundo, que poder julga tudo num tribunal surdo?

Ninguém controla o mundo (que tipo de bondade não perdoa?),
que poder julga tudo num tribunal surdo?"

(Violins)

Entre o céu e o inferno


De mim, para Deus:

"É o lugar que achei entre o céu e o inferno,
pra quem ficou perdido entre o bem e mal, pra quem mentiu e também foi sincero, pra quem brilhou e depois morreu sem sal, pra quem brincou e também foi austero.

E eu posso inventar a missa louvar o acaso e absurdo em noites que te chamei sem ouvir respostas.
Enquanto o mundo te cobra sempre um futuro, a lama e a gloria são a mesma bosta

É pra você que eu vivo o deus do claro e o escuro,
Com coração de rua com as mãos imundas,
Mas sou Teu sem culpa...

Circulando como ácido num cano aberto e frágil das veias que te enforcam num golpe tão discreto.
É o meu glorioso grito pra encenar um plágio,
Como se eu fosse um gênio, como se isso fosse fácil.

É o lugar que achei entre o céu o inferno,
Pra quem chorou caído e quem venceu cansado, pra quem pariu um filho ou quem se fez sozinho, pra quem pensou no outro e quem roubou o estado, pra quem bateu na cara e depois deu carinho.

E eu posso celebrar a missa num canto sujo desse mundo em dias que Te chamei sem ouvir resposta.
Se todo mundo te cobra sempre uma postura, os homens e os deuses são a mesma aposta.

É pra você que eu vivo o deus do claro e o escuro,
Um coração de rua com as mãos imundas,
Mas sou Teu sem culpa..."

(Violins)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Por que eu amo a Igreja mesmo ela parecendo uma porcaria

É bom ver que tem amigos e parceiros que compartilham das mesmas crises e dores que a gente, esse texto do meu fella Ariovaldo Jr. seria exatamente o que eu escreveria sobre esse assunto.


Às vezes dizemos que a igreja se tornou uma merda. Mas ela possui virtudes que não podem ser desprezadas. Além de ser a única organização oficialmente encarregada de ser porta-voz do evangelho, ela também possui em sua natureza missiológica, a consciência de que PARAR não é uma opção.

Isto explica em parte o motivo pelo qual as pessoas preferem se dedicar a ministérios desconectados de tudo ao invés da velha igreja. Nos ditos “ministérios”, não há um compromisso de continuidade. Você é livre para ir e vir, conforme der na telha; sem a necessidade de prestar contas de suas ações a ninguém e tampouco dar satisfações sobre as decisões tomadas em nome da conveniência.

Esta crise de visão nem chega a ser uma novidade. Ela surge de tempos em tempos, quando as pessoas chamadas por Deus passam a se considerar a “última bolacha do pacote”. Aconteceu com os que migravam do Egito para a terra prometida. E novamente com os discípulos de Jesus. Ambos consideravam que suas ações estavam desconectadas do contexto social e histórico do momento.

Curiosamente Jesus fez o contrário do que parecia conveniente. Antes de ser um subversivo, era um frequentador assíduo de sinagogas. E o reconhecimento público era visível, quando pessoas que faziam parte do sistema religioso vigente insistiam em chamá-lo de mestre.

Subversão sem submissão é algo que não faz muito sentido.
A verdadeira revolução se faz de dentro pra fora.
E ela não é baseada em “novos modelos”. Mas em viver com coerência o ÚNICO MODELO.

A igreja não cheira tão bem quanto deveria, mas eu não tenho outro lugar melhor pra ir.

terça-feira, 11 de maio de 2010

10 Comerciais Japoneses Excêntricos

Se tem uma coisa que me motiva a acordar toda manhã são comerciais japoneses. Nossos amigos dos olhos puxados tem uma capacidade de comprar e vender coisas de uma forma tão excêntrica e fácil que chega a me comover. Vamos então contemplar a fofa e cantarolante publicidade japoronga:

1
Olha como se vende suco de vegetais pra crianças. Esse popipo é o rei dos popipos pra sempre. (prepare-se porque durante uma semana isso vai bloquear a sua mente)



2 Comerciais de pretzels se superam dia após dia



3
Sensualizando com popipo



4 Esse é muito chato, eu to avisando, cuidado pra não fazer o ninja e quebrar a tela.



5
Lá, uma mulher vende chá dançando vestida de galinha



6
Um pote de arroz te convence fácil



7
Ainda estou por entender esse



8
Toilet feliz



9
Quando digo que eles vendem tudo, é tudo mesmo, calças pra dedos por exemplo.




10
Comercial de pipipipipizza

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Dissertando-me

Elaborado com trechos de Caio Fernando Abreu


O que havia me mantido viva hoje era a ilusão ou a esperança dessa coisa, "esse lugar confuso", o Amor um dia. E de repente te proíbem isso. Eu tenho me sentido muito mal vendo minha capacidade de amar sendo destroçada, proibida, impedida.
Dizia qualquer coisa como "a realidade não importa, o que importa é a ilusão", no que eu concordava plenamente.

Mudei muito, e não preciso que acreditem na minha mudança para que eu tenha mudado.
Fico tão cansada às vezes, e digo pra mim mesma que está errado, que não é assim, que não é este o tempo, que não é este o lugar, que não é esta a vida e fico horas sem pensar absolutamente nada.
Tô exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.

É preciso estar distraído e não esperando absolutamente nada. Não há nada a ser esperado. Nem desesperado.

Acho que sou bastante forte para sair de todas as situações em que entrei, embora tenha sido suficientemente fraca para entrar.
Não sei o que faço, onde fico: tenho muito medo, mas confio em Deus. E apesar do medo há em mim uma paz enorme que eu chamo de felicidade.

Tão estranho carregar uma vida inteira no corpo, e ninguém suspeitar dos traumas, das quedas, dos medos, dos choros.
Depois de todas as tempestades e naufrágios o que fica de mim e em mim é cada vez mais essencial e verdadeiro.

Penso: quando você não tem amor, você ainda tem as estradas.

Tenho várias teorias novas sobre a futilidade como arma essencial para a sobrevivência nestes hard times.
E não sou sequer promíscuo. Dum romantismo não pós, mas pré todas as coisas - um romantismo que exige sexualidade e amor juntos.

Ainda vai ter uma festa que eu vou dançar até o sapato pedir pra parar… Aí eu paro, tiro o sapato e danço o resto da vida.

Deixa que a loucura escorra em tuas veias. E quando te ferirem, deixa que o sangue jorre enlouquecendo também os que te feriram.

Pós-traumático

Elaborado com trechos de Caio Fernando Abreu


Estou sendo muito honesto ao te contar essas coisas, poderia facilmente escondê-las: sei que me arrisco a te chocar, te ferir, te agredir.

Alguém lhe prometeu um reino certa vez, um reino de paz e amor, e você está esperando esse reino. Só nesse dia, quando o encantamento quebrar e o seu reino for revelado, só nesse dia todos vão saber que você sempre foi uma princesa.
Seria tão bom se pudéssemos nos relacionar sem que nenhum dos dois esperasse absolutamente nada, mas infelizmente nós, a gente, as pessoas, têm, temos - emoções.

Penso em você apesar de não sentir sua falta e muito menos sua presença. Penso em você porque sinto um vazio, que eu não sei do quê e nem por quê. Revelo, então, mais uma vez, minha estupidez, já que não é você quem vai me salvar e nem muito menos me catapultar pra uma dimensão mais tranquila e menos ansiosa de coisas que não têm nome.
Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor. Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro.

E tudo que eu andava fazendo e sendo eu não queria que você visse nem soubesse, mas depois de pensar isso me deu um desgosto porque fui percebendo que talvez eu não quisesse que você soubesse que eu era eu, e eu era.
Tão boa atriz que ninguém percebeu minha péssima atuação.
Quero ser o que eu sou, eu sou eu sou amor da cabeça aos pés. Pode agredir, quando chegar o Apocalipse é que a gente vai ver...

Eu dizia que "gostava" de você, que sentia saudade de você, que eu precisava de você, que eu "não conseguia viver sem você". Mas não era amor.
Na verdade eu não me impressiono com mais nada. E quer saber duma coisa? Se acabou mesmo dou a maior força. Acho maravilhoso ter acabado.

Disseste de repente que precisavas ter os pés na terra, porque se começasses a voar como eu, todas as coisas estariam perdidas.
Mas eu te ouvia dizer que sabias ser necessário fazer uma opção, e você fez sua opção, por comodidade, para não te mexeres daquele canto um pouco escuro e um pouco estreito, mas teu. Porque sabias também que em todos os de repentes eu estaria abrindo as asas sobre um desconhecido talvez intangível para ti.

Fantasiei. Até o último momento esperei que você me chamasse pelo telefone. Que você fosse ao aeroporto. Casablanca, última cena.
Derrepente me toquei: Ah, então foi pra ele que eu dei meu coração e tanto sofri? Amor é falta de QI, tenho cada vez mais certeza.

Resolvi ser equilibrista, não me apoiar em nada nem ninguém, sem muletas ou bengala. 'Danem-se', repeti olhando enfrentativa em volta.
Claro, é preciso julgar a si próprio com o máximo de rigidez, mas não sei se você concorda, as coisas por natureza já são tão duras para mim que não me acho no direito de endurecê-las ainda mais.

Não, você não sabe, você não sabe como tentei me interessar pelo desinteressantíssimo.

É dificil aprisionar os que tem asa.

Crosta

formulado apenas com trechos de Caio Fernando Abreu


É uma relação bonita, que eu quero preservar e deixar crescer.
Acontece porém que não tinhamos nenhum preparo algum para dar nome ás emoções,nem mesmo para tentar entendê-las.
Aprendi a amar menos, o que foi uma pena, e aprendi a ser mais cínica com a vida, o que também foi uma pena, mas necessário.
E uma compulsão horrível de quebrar imediatamente qualquer relação bonita que mal comece a acontecer. Destruir antes que cresça.
Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido. Mas foi bonito. Não tinha importância que não desse muito certo. — Repetiu: — Nós só tínhamos dezesseis anos.
Nós nos inventamos um ao outro porque éramos tudo o que precisávamos para continuar vivendo. Deu vontade de ficar mais tempo junto, deu vontade de levar essa história até o fim.
Na minha memória - tão congestionada - e no meu coração - tão cheio de marcas e poços - você ocupa um dos lugares mais bonitos.
Não, não sei o que gostaria que você me dissesse. Dorme, quem sabe, ou está tudo bem, ou mesmo esquece, esquece. Não consigo.
Mudei, embora continue o mesmo. Sei que você compreende.
É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Ensine a pescar


O erro das filantropias é achar que dar o peixe na mão vai solucionar os problemas.
Dê o peixe, antes, ensine a pescar!
Se você der só o peixe, quando ele acabar, a pessoa vai continuar com fome, mas se você ensinar a pescar, mesmo que o peixe acabe, ela não vai passar mais fome.
Dessa forma oferecemos uma ajuda definitiva, verdadeiramente eficaz e que não cria comodismos e até mesmo supostas maladragens.

Se hoje eu fosse realizar um projeto filantrópico, eu faria um projeto que ensinasse pessoas a pescar das mais diversas formas. Seja em workshops, aulas, ou qualquer projeto de ensino. E se eu fosse dar uma doação, seria uma doação que seria útil como objeto de trabalho.
Temos tantas pessoas que tem mil talentos que podem ser lucrativos: costura, maquiagem, artes, culinária...
Em Uberlândia, existe um dos projetos sociais mais eficazes que eu já vi, e que é um exemplo, chama-se Cooking For Life. É um projeto fundado por uma cristã inglesa que mora no Brasil. Ela convocou profissionais para ensinar pessoas carentes, envolvidas com drogas, de baixa renda e afins a serem garçons e trabalharem no setor de gastronomia. São aulas que acontecem em um bairro muito pobre de Uberlândia, onde além de terem a oportunidade (que nunca tiveram) de se tornarem profissionais qualificados, eles escutam e provam do amor e da Palavra de Deus.
Dali já sairam muitas pessoas qualificadas que sustentam suas casas com seu trabalho e que foram transformadas pelo amor e as palavras pregadas naquele lugar. Pessoas livre de drogas, de depressão e de total miséria.
O projeto também conta com um restaurante, onde os alunos trabalham e exercem o que aprenderam na prática.

Há também projetos onde se realizam cursos intensivos e gratuitos de várias atividades lucrativas e que motivam pessoas a sair do comodismo e dão a elas uma oportunidade que nunca tiveram! E de brinde, escutam palavras transformadoras para o espírito! Doações são feitas SIM, mas a vara vem junto com o peixe!

Desejo mais projetos que dêem varas de presente ao invés de peixes, assim como faz o Cooking For Life e vários outros projetos de "pesca" pelo mundo afora!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

M.I.A - Born Free

Se você diz que quer mudar uma realidade, aprenda a encara-la como ela é primeiro.
Todo mundo sabe que eu sou fã da M.I.A, não só porque ela faz música boa, mas porque ela pensa! O protesto dela não é carinhoso e cheio de criançinhas de mãos dadas, é agressivo e mostra as coisas como elas realmente são.
Sem medo de agredir, sem medo de mostrar o que é real.

M.I.A, Born Free from ROMAIN-GAVRAS on Vimeo.

A Ilusão das Igrejas-ONU


Por que as igrejas estão querendo se tonar ONUs com Bono Vox e Angelinas á frente?

Já dei aqui minha opinião sobre filantropia, mas vou esclarecer melhor minha opinião sobre o assunto. Podem discordar, mas estou dissertando em cima de fatos.

Não entendo o motivo de filantropia ser colocada em primeiro lugar em igrejas e ministérios, pelo seguinte motivo:
Ninguém nunca vai parar de ter problemas.

É inútil tentarmos resolver problemas materiais/físicos, uma vez que isso tudo é passageiro.
A condição humana está sempre nos trazendo problemas de saúde e financeiros, mesmo que um se resolva, sempre outro está perto de vir e dentro desses limites, qual a utilidade de nos empenharmos em resolver um desses problemas?
Pode falar que isso reflete a Cristo e até pode refletir, mas se não priorizarmos o conhecimento ao invés da filantropia, no problema seguinte o beneficiado vai esquecer totalmente o que viu e aprendeu com a ajuda passada.
Qual a diferença do que algumas igrejas fazem para o que o Chico Xavier, a Xuxa, a Angelina Jolie ou qualquer instituição de seguimento religioso faz? Nenhuma.
A não ser pelo fato de que os cristãos protestantes ainda estão bem atrás do que outros seguimentos de crenças fazem a tempos!

Outro detalhe importantíssimo e que não devemos temer analisar por medo de sermos julgados frios e calculistas, é que muitas pessoas que são beneficiadas por filantropias são extremamente malandras. Sustentamos pessoas na base da malandragem. Sabemos que muitos pais de famílias carentes não trabalham porque sabem que todo mês vai vir algum grupo ativista pra sustentar a casa e muitos até vendem o que é doado a eles.
Garotos de rua tem táticas infalíveis de comover pessoas na rua para ganhar objetos que vão vender em troca de crack.
Quando chegamos em algumas instituições carentes e em alguns lugares precários, já nos deparamos com crianças pedindo exatamente o brinquedo ou guloseima que querem porque já estão acostumados com o comodismo da lerdeza sentimental de muitos.
A maioria dos mendigos não saem das ruas porque é comodo se sustentar das "boas-intenções" de pessoas.
Se quer ajudar alguém em questões físicas/materiais, ao menos seja esperto. No "ajudar ao próximo", devemos ser muito mais racionais do que emocionais. Devemos saber que muitas vezes o NÃO é mais saudável.
Quando aquela criança miserável que ganhou a boneca da vitrine da loja crescer e a vida dela continuar a mesma decadência, ela vai ver que aquela boneca não foi nada mais que uma ilusão, e sim, isso pode gerar uma revolta.
É muito pior oferecer um sonho limitado que uma hora vai acabar e quando a pessoa acordar ela pode ficar muito revoltada com a sensação do "doce ter acabado".

Na maioria dos casos, quando realiza-se um movimento filantrópico, as pessoas beneficiadas só estão lá pelo material a ser oferecido, se o grupo beneficiador aparecer sem nada material, só com palavras, é raro ter quem dê ouvidos.

Acho totalmente válido ajudar alguém materialmente, mas desde que isso seja muito bem analisado e acompanhado de CONHECIMENTO. A esperança que vem pelo conhecimento da Palavra e não pela ilusão do objeto.
Acredito que muitas vezes um abraço ou uma palavra na hora certa, são muito mais válidos que uma cesta básica.

Vamos nos preocupar em resolver questões da alma, do espírito, estudar formas de como levar palavras e não ilusões, uma esperança verdadeira e não passageira.

O espírito permanece, enquanto o corpo perece.

A questão é simples: Ao invés de dar o peixe, ensine a pescar!

quarta-feira, 28 de abril de 2010

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Quem tem medo de independência?


"Somos uma geração fraca de Homens sendo criados por mulheres. É preciso e é verdadeiro se apegar emocionalmente a outra pessoa que precisamos para sermos felizes? Não há outros métodos?" (Tyler Durden, Clube da Luta)

Descobri de forma iminente uma liberdade desconhecida.
Acho que principalmente na cultura religiosa aprendemos que sinônimo de sucesso de vida é ligado a relacionamentos amorosos e somos condicionados a pensar que só seremos felizes caso estejamos emocionalmente presos á alguém.
Isso é tão forte que automaticamente quando temos um relacionamento acabado ou sofremos alguma frutraçao amorosa, procuramos outra pessoa imediatamente para suprir, criando uma ilusão de que o caso passo passou, quando na verdade, mascaramos um acumulo de emoções mal resolvidas.
A pessoa pode estar com a vida desestruturada e sem sucesso em todas as demais áreas, mas se estiver com uma pessoa dentro dos padrões de exigência de aparência em relacionamentos amorosos, ela se considera bem sucedida. Mesmo que o sentimento nesse caso não seja lá o mais intenso.
Se uma pessoa fica sem se envolver com alguém por um determinado tempo, ela é considerada incapaz, mesmo que esse não-envolvimento seja opcional.
Quando alguém está sentimentalmente envolvido, tem mais credibilidade, inclusive em instituições religiosas.
Pessoas começam a ser pressionadas cedo para começarem a namorar e até para casar. Daí precipitações e casamentos impovisados na base do desespero (que provavelmente vão se tornar uma frustração ou terá um fim próximo!)
Por que?
Confesso que já fui dessa forma, mas hoje entendi e vivo uma felicidade independente.
Quando alguém (principalmente mulheres) opta por essa independencia sentimental, mesmo que temporária, essa pessoa automaticamente está sujeita a ter seu potencial e até sua sexualidade questionados. Mas enquanto não aprendermos a viver uma felicidade independente, não estamos preparados pra nos envolver com alguém. A felicidade não está presa em outra pessoa, isso é história de filmes da Disney.
Não estou falando contra relacionamentos, porque é muito bom e acredito sim na importancia de casamentos, amores e constituíção de família, creio piamente nesses conceitos na condição de complemento e consequencia de vida e não de condição única para felicidade.
Você não precisa de um ícone para apresentar para sua família e amigos como simbolo de seu suposto sucesso, você deve ser este ícone.
Só quando nos encontramos verdadeiramente, podemos encontrar alguém.
Portanto aproveite toda a sua vida e acumule o máximo para oferecer á outra pessoa um dia. Dançe, cresca, trabalhe, estude, construa e tenha vários sorrisos despreendidos!
Decidi ser opcionalmente, independentemente feliz.


"O tempo é algo que não volta atrás.
Por isso plante seu jardim e decore sua alma,
Ao invés de esperar que alguém lhe traga flores."
William Shakespeare


>Tem a ver:
http://goamandago.blogspot.com/2009/08/eu-quero-que-voce-me-bata-o-mais-forte.html

terça-feira, 27 de abril de 2010

Ícone Imperfeito


Eu não costumo admirar pessoas que se mostram perfeitas em mais de 90% do tempo.
Não acredito em um evangelho de mar de rosas e muitos dos meus grandes inspiradores são tão imperfeitos.
Porque insistimos em adorar ícones de perfeição? Nós nunca vamos chegar a esse ponto.
Escolhi Jesus Cristo como meu único ídolo porque foi o único que conseguiu chegar a perfeição sem ter a vida perfeita pregada com sorrisos falsos abundantes. E não creio que vai ter mais alguém que consiga realizar tal proeza.
Buscar viver como Cristo não é sinonimo de não ter problemas e viver uma vida de novela, é conseguir sobressair sobre os problemas com dignidade. Viver como Cristo não é ter sorrisos de propaganda de margarina, é sorrir em meio a lágrimas, quando alguém te trai com um beijo ou te nega e crucifica.
O Jesus Cristo que eu conheço chorou, sofreu, foi traído, não era rico e não vivia uma vida semelhante a algumas figuras conhecidas da fé da TV.
Enquanto eu ainda não consigo chegar a estatura de Cristo, eu vejo que minhas dificuldades e falta de sorrisos 24hs não são uma anomalia.
Eu não quero ser um ícone perfeito, eu quero ser uma pessoa normal que consegue viver mesmo em meio á imperfeição.
Não queiram me ver como uma pessoa perfeita, porque eu não sou.
Descobri que tenho limitações e a importância de saber que elas existem e estão ali. Um grande erro é achar que devemos ignora-las, parar de pensar quando nos lembramos delas e ficar com medo, o certo é encarar e saber até onde podemos avançar e caso já tenhamos avançado, como lutar contra e se perdemos a luta, como levantar.
Reconhecer limitações é uma virtude necessária, não espere cair nas suas próprias armadilhas pra reconhece-las.
Eu quero olhar pra ícones imperfeitos e ver que eu sou normal, eu quero ser um ícone imperfeito que tenta viver como o único ícone perfeito viveu.



O Piloto Russo na Aldeia Suskir
Violins


O que eu lamento é ter que explicar
Como foi que eu cheguei a ser seguido pela multidão
Não é algo que se explique de imediato
Quando percebi eu era um Deus Suskir

Mas o que eu fiz pra ser exemplo pra tanta gente?
O que eu fiz pra ser exemplo pra tanta gente?
Alguém pode me dizer onde estou?
Pode me mostrar o chefe que eu tenho algo a dizer

Eu sou piloto da força aérea russa
Eu cai aqui abatido no céu azul
Mas eu não vim do céu
Isso é um para-quedas não é um manto hindu
Eu cai aqui abatido por caças turcos
Mas eu não vim do céu

Eu nem tenho um deus pra adorar,
Como foi que eu me tornei Deus aqui?
Me diz que contradição não é algo que se explique de imediato
Quando eu dei por mim, eu era um Deus Suskir

Mas nada que eu fiz vai ser exemplo pra muita gente
Nada que eu fiz vai ser exemplo pra muita gente
Nada que eu fiz vai ser exemplo pra muita gente
Alguém pode me dizer onde estou
Pode me mostrar o chefe que eu tenho algo a diz
er

http://www.myspace.com/violinsbr

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Amor não é feliz para sempre


Em um avião, a aeromoça te pergunta se você vai querer jantar. Você pergunta: "o que tem pra jantar?", ela te dá duas alternativas: sim e não.
Talvez você diga não por não querer se arriscar, mas se dizer sim, aí talvez depois ela te daria uma série de opções. E se por acaso não tivesse nada que você goste, da mesma forma atenderia á sua escolha e necessidade.
Com o amor funciona mais ou menos da mesma forma. Ou você ama, ou não.
O problema é que na confusão de acharmos que amor é uma atitude, criamos um amor condicional, as vezes comprado e prostituido.
Muitas vezes aprendemos com uma sociedade corrompida que amor é baseado em trocas, quando na verdade, amor é abnegação.
É um erro quando nos declararmos pra alguém dizer o que esperamos dela, dizendo me ame, me cuide, quero viver feliz com você pra sempre, faça isso ou aquilo. Devemos apenas dizer: eu vou te amar, foi a minha escolha.
Amor não deve ser movido por sentimentos, sentimentos passam enquanto o amor é eterno.
Daí vem as filantropias, ativismos e casamentos falsos, todos baseados em sentimentos que em breve vão se acabar ou sofrer mutações, como consequencia de sermos humanos.
Seria muito mas digno se cada doação que fizessemos pra uma instituição fosse fruto de uma mudança de pensamento e não de um sentimento comovido.
Casamentos seriam bem mais sinceros se não houvessem listas de expectativas e exigencias.
Não sei se vejo mais amor de verdade por aí. Não o amor em que se espera uma "paz interior", mas um amor com a paz inquieta, fruto de uma escolha verdadeira.
Amor nem sempre é confortável.
Amor só é amor se for incondicional.
Qual sua escolha?

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Para quem me odeia

Fernanda Young

Eu te amo. E não seria metade do que sou sem você, juro.
É seu ódio profundo que me dá forças para continuar em frente, exatamente da minha maneira.
Prometa que nunca vai deixar de me odiar ou não sei se a vida continuaria tendo sentido para mim.
Eu vagaria pelas ruas insegura, sem saber o que fiz de tão errado.
Se alguém como você não me odeia, é porque, no mínimo, não estou me expressando direito.
Sei que você vive falando de mim por aí sempre que tem oportunidade, e esse tipo de propaganda boca a boca não tem preço.
Ainda mais quando é enfática como a sua - todos ficam interessados em conhecer uma pessoa que é assim, tão o oposto de você.
E convenhamos: não existe elogio maior do que ser odiado pelos odientos, pelos mais odiosos motivos.
Então, ser execrada por você funciona como um desses exames médicos mais graves, em que "negativo" significa o melhor resultado possível.
Olha, a minha gratidão não tem limites, pois sei que você poderia muito bem estar fazendo outras coisas em vez de me odiar - cuidando da sua própria vida, dedicando-se mais ao seu trabalho, estudando um pouco.
Mas não: você prefere gastar seu precioso tempo me detestando.
Não sei nem se sou merecedora de tamanha consideração.
Bom, como você deve ter percebido, esta é uma carta de amor.
E, já que toda boa carta de amor termina cheia de promessas, eis as minhas:
Prometo nunca te decepcionar fazendo algo de que você goste. Ao contrário, estou caprichando para realizar coisas que deverão te deixar ainda mais nervoso comigo.
Prometo não mudar, principalmente nos detalhes que você mais detesta. Sem esquecer de sempre tentar descobrir novos jeitos de te deixar irritado.
Prometo jamais te responder à altura quando você for, eventualmente, grosseiro comigo, ao verbalizar tão imenso ódio. Pois sei que isso te faria ficar feliz com uma atitude minha, sendo uma ameaça para o sentimento tão puro que você me dedica.
Prometo, por último, que, se algum dia, numa dessas voltas que a vida dá, você deixar de me odiar sem motivo, mesmo assim continuarei te amando. Porque eu não sou daquelas que esquece de quem contribuiu para seu sucesso.
Pena que você não esteja me vendo neste momento, inclusive, pois veria o meu sincero sorrisinho agradecido - e me odiaria ainda mais.

Com amor, da sua eterna.
Amanda

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ausência



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces,
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado, quero só que surjas em mim
como a fé nos desesperados, para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei...
tu irás e encostarás a tua face em outra face, teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite,
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa,
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só, como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas, serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

Vinícius de Moraes

quarta-feira, 14 de abril de 2010

O Divã

Roberto Carlos/Erasmo

Relembro a casa com varanda, muitas flores na janela,
Minha mãe lá dentro dela me dizia num sorriso mas na lágrima um aviso,
Pra que eu tivesse cuidado na partida pro futuro,
Eu ainda era puro, mas num beijo disse adeus...


Minha casa era modesta mas eu estava seguro.
Não tinha medo de nada, não tinha medo de escuro, não temia trovoada. Minha irmã à minha volta e minha mãe sempre de volta. Trazia o suor no rosto, nenhum dinheiro no bolso, mas trazia esperança.

Essas recordações me matam,
Por isso eu venho aqui.

Relembro a paz de quem carregava em seus braços quem chorava e no céu ainda olhava e encontrava esperança de um dia tão distante, pelo menos por instantes encontrar a paz sonhada.

Essas recordações me matam,
Por isso eu venho aqui.

Eu venho aqui me deito e falo pra você que só escuta, não entende a minha luta, afinal, de que me queixo são problemas superados, mas o meu passado vive, em tudo que eu faço agora ele está no meu presente, mas eu apenas desabafo confusões da minha mente.

Essas recordações me matam...

A diferença entre Filantropia, Politicagem e Missões


Todo cristão ou é um missionário ou é um impostor." (Spurgeon)

Há uma grande confusão entre três conceitos totalmente opostos e que muitas vezes são interpretados ou realizados como sinônimos.
Mas a diferença entre filantropia, politicagem e missões são enormes e muitas vezes, um conceito anula o outro.

POLITICAGEM = Política reles e mesquinha de interesses pessoais / Atos de politiqueiros / De orden ordinária, mesquinha / Maneira hábil de agir; astúcia; civilidade

FILANTROPIA
= Sentimento que leva os homens a ajudar os outros. Relacionado á altruísmo: amor desinteressado ao próximo.

MISSÕES
= Encargo, poder dado a alguém para fazer alguma coisa: cumprir uma missão. função ou poder que se confere a alguém para agir.

Ser um missionário é a única razão pelo qual estamos vivos, cumprir nosso chamado. Fazer o bem ao próximo e amar não deve ser movido por um sentimento, é uma escolha que deve ser tomada mesmo em meio a falta de vontades ou sentimentos que impulsionam a realizar o amor ao próximo. Escolhas nem sempre são confortáveis ou agradáveis á natureza humana. Amar é escolha. Ser um missionário é dar a vida em prol de representar o amor de Cristo, é a abnegação de tudo.
A filantropia por si só, é nula, pois somos justificados pela fé, e não pela obra, a fé sem obras é nula, mas a obra sem o intermédio da fé, também é. Se a filantropia realmente fizesse alguém uma pessoa boa, todo homem que bate na mulher, explora os funcionários e esquece dos filhos, iria garantir um lugar no céu com umas 20 cestas básicas que ele distribui para uma creche no fim de ano.
É ai que também entra a politicagem, que não acontece apenas com políticos do governo que dão de dentadura á brinquedos de natal para conseguir um bom status e moral elevada para alcançar benefícios para si. É muito comum alguém visitar uma comunidade carente ou um país subdesenvolvido e colocar várias fotos na Internet com uma criança miserável no colo ou em frente a um barraco fazendo cara de triste, não para mostrar a obra que está sendo feita como testemunho, mas para ganhar uma moral de "santo" e "pessoa boa" e quem sabe garantir comentários como: "parabéns amado(a), você está sendo mesmo usado pelo Senhor!". Ganhar moral através de uma obra egoísta e em benefício próprio pra fazer bem pro ego. Farisaísmo.
Não acredito que seja bom dizer após fazer um bem para o próximo: "fez melhor pra mim do que pra eles, vou dormir tranquilo hoje". Deveria ser o contrário! Isso é egoísmo, não é ajudar ao próximo, é ajudar a si mesmo, o beneficiado maior é o indivíduo em si que usa um suposto ato de bondade como terapia. Ajudou um necessitado? Sim, mas isso não tem valor nenhum quando se refere a eternidade.
O certo seria ficar incomodado, perder o sono, não buscar a tão almejada "paz interior" buscada na filantropia, mas obter por consequência a paz que vem do Espírito Santo que é fruto da realização do chamado, a paz que habita mesmo em meio a um incômodo gigantesco que sente a dor do próximo e não apenas a acalma.
De que adianta mil madames realizarem filantropias mensais se a prioridades delas no mês é renovar a coleção de maquiagens e o estoque de sapatos do armário?
Não é errado renovar um guarda roupa, mas você estaria disposta a abrir mão deste gasto para investir mais em ajudar quem precisa?

Você deixaria necessárire e chapinha de lado para visitar e passar um tempo com uma comunidade carente?
Se no mesmo dia te convidassem pra dar uma palavra pra meia dúzia de moradores de comunidade ribeirinha e em uma mega igreja famosa e lotada, em qual você escolheria ir?
Você, pastor, abriria mão de deixar sua igreja no topo das igrejas mais bonitas e estruturadas fisicamente para investir em missões?

A politicagem anula a missão, a filantropia sem missão, é nula.
Cria-se então, uma missão impostora.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mulheres Vulgares


por RACIONAIS MC´S

"Sobre mulher, Que tipo de mulher?
Se liga aí:
Derivada de uma sociedade feminista
Que considera e dizem que somos todos machistas.
Não quer ser considerada símbolo sexual.
Luta pra chegar ao poder, provar a sua moral
Numa relação na qual
Não admite ser subjulgada, passada pra trás.
Exige direitos iguais.......

E o outro lado da moeda, como é que é?

Pra ela, dinheiro é o mais importante. Seu jeito vulgar, suas idéias são repugnantes.
É uma cretina que se mostra nua como objeto, é uma inútil que ganha dinheiro fazendo sexo. No quarto, motel, ou tela de cinema, ela é mais uma figura vil, obscena.
Luta por um lugar ao sol, fama e dinheiro com rei de futebol, no qual quer se encostar em um magnata que comande seus passos de terno e gravata. (otário....)
Quer ser a peça central em qualquer local.
Se julga total, quer ser manchete de jornal.
Somos Racionais, diferentes, e não iguais.

É bonita, gostosa e sensual.
Seu batom e a maquiagem a tornam banal.....
Ser a mal, fatal, legal, ruim..... Ela não se importa!
Só quer dinheiro, enfim.
Envolve qualquer um com seu ar de ingenuidade, na verdade, por trás mora a mais pura mediocridade. Te domina com seu jeito promíscuo de ser, como se troca de roupa, ela te troca por outro.
Muitos a querem para sempre, mas eu a quero só por uma noite, você me entende?
Gosta de homens da alta sociedade. Até os grandes traficantes entram em rotatividade.
Mestiça, negra ou branca, uma de suas únicas qualidades: a ganância.
A impressão que se ganha é de decência, quando se trata de dinheiro e sexo, se torna indolência.
Fica perdida no ar a pergunta:
Qual a pior atitude de uma prostituta?
Se vender por necessidade ou por ambição?
Tire você a conclusão.
Mulheres..... vulgares.
Mulhers vulgares, uma noite e nada mais.
Então, irmão, é de coração.
Abra os olhos e veja a razão.
Querer, poder, ter
Não é pra você se proteger, prever antes de acontecer.
E hoje ela diz: "Que cara vou dormir?"
Com seu rosto bonito é fácil atrair, e daí.....
Pra sair não precisa insistir. É só ser alguém e estalar os dedos assim (plec!)
Francamente ela se julga capaz de dominar a qualquer idiota que tenha conforto pra dar.
Não importa a sua cor, não importa a sua idéia, Apenas dinheiro esnobando, jogando pela janela.
Não entre nessa cilada.
Fique esperto com o mundo e atento com tudo e com nada. Mulheres só querem/preferem o que as favorecem: Dinheiro,ibope, te esquecem se não os tiverem.
Somos Racionais, diferentes, e não iguais.
É mano, tem uns caras que ficam iludidos com essas mina aí......
Capa de revista, pôster, viagem pra Europa......
Mas por baixo mano, mó sujeira!"