Eu nem sabia que hoje era o dia da saudade. Descobri isso em um dos blogs de uma amiga que acompanho.
Eu vivo dias da saudade todos os dias.
Saudade do que passou, do que senti, do que toquei, do que vivi, do que não existiu, do que não fiz, do que vai acontecer, do que vou sentir e vivier.
A amplitude da saudade é algo tão intenso e tão presente.
Essa saudade amíude que toma espaços ainda mais amplos naqueles que são sentimentais.
Saudades que amo e saudades que odeio.
Lembrar daqueles risos com os amigos, da escolinha no pré, um abraço gostoso, um beijo intenso, uma sensação boa, um almoço em família, ver retratos de infância, saudades tão boas.
A saudade do que não fiz é com certeza a mais dolorida.
E quantas saudades que já foram tão boas e hoje tornaram-se fardo.
Quantos perfumes não consigo mais sentir devido a lembrança que me desperta, lugares, gostos, filmes, músicas...todos que um dia já proporcionaram prazer.
Não sei como conseguiria dizer sobre essa imensidão da saudade, sua multiforme e contradição.
E quem pode afirmar que uma saudade gostosa não pode doer? Na verdade, é o que mais acontece. O saudosismo e o aperto no peito, que pode ser bom ou ruim.
Aquilo que amo lembrar agora, pode se tornar algo que um dia eu vou relutar contra. Contra essa maravilhosa lembrança que poderá se tornar um martírio.
Eu é que posso afirmar, como isso é verdade...
E como a saudade é contraditória.
Como eu me lembro tão bem de um abraço delicioso e ao mesmo tempo sinto ódio ao lembra-lo?
A saudade é onde há a maior confluência de sensações distintas.
Tão contraditórias, tão confluentes.
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