quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Enfim.


A pouco tempo tenho provado de uma boa uma sensação de ter uma liberdade a mais.
Já consigo escutar aquelas músicas e nada sinto. E musicas, se tornaram músicas.
Escutar aquela voz em demasia não é mais necessidade, tornou-se apenas igual, mais uma. Assim como a sede de ver, que secou-se.
Fez presente a indiferença e tornou o que estava em primeiro lugar no pódium, apenas um na multidão.
Pensava eu que seria maldade não importar-me mais, mas fato é que isso derrepente aconteceu e vejo que não...não é maldade.
A agonia dos pensamentos presos sobre o que acontecia em uma vida já tão distante, que intesificava conforme chegava o final de semana e os tornava menos proveitosos, mesmo em meio a festas, já não existe mais. E como é bom esperar feliz pela chegada da sexta-feira, sem se importar com nada, apenas com os sorrisos que livres vão brotar no meu rosto.
Sinto o desapego.
E a mente livre, a cabeça leve, o coração desapegado. Enfim, em paz.
Chegaram os dias que eu tanto esperava, em que posso recostar a cabeça no travesseiro e dormir em paz. É tão gostoso refazer a amizade com o travesseiro! Dormir com um sorrisinho e pensamentos alegres, planos, boas memórias, bons vislumbres ou simplesmente apagar sem demora mesmo!
Derrepente me peguei vendo brilhos em outros olhos que diante de um olhar que tinha um brilho único, ofuscavam-se. Livre, não temo mais o novo, anseio pelo novo, novos.
Não mais imagino um abraço em outros braços, aproveito outros braços como únicos que são e o diferente me agrada sem medo.
Tantos olhos começaram a brilhar, tantos braços reconfortantes, tantas palavras ficaram mais doces.
E tudo isso não se resume apenas a amores, mas a companheiros, amigos, irmãos e momentos.
Me sinto tão nova sem os anseios que me envelheciam.

Meu coração agora sabe como o sol brilha mais intenso fora da visão de dentro de grades.
Sai agora e vai conhecer de novo o mundo tão imenso que por muito tempo ficou tão pequeno.

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