Carta á Paciência

Prezada Paciência,

Durante algum tempo adimito que tenho exigido muito de sua função e forçando com que você ultrapasse seus limites.
Reconheço que você deve estar desgastada devido ao excesso de trabalho que lhe tem sido exigido.
Mas lembro-te, que por algumas vezes você não trabalhou, tirou folgas sem aviso e falhou por várias vezes bem na hora do ápice do serviço, fazendo assim com que houvessem alguns momentos de desordem e perdas. Tais faltas da sua presença resultaram em prejuízos gravíssimos, materias e pessoais.
Também devo adimitir que não tem sido fácil para você trabalhar com algumas pessoas nas quais eu tenho me deparado e estas têm te deixado nitidamente cansada e desanimada. Sinto lhe dizer que por enquanto é necessário trabalhar com tais indivíduos, e isso vai exigir um pouco mais do seu serviço. Lembrando que você já solicitou o afastamento de algumas e eu aceitei. Também vou pensar nas sugestões de afastamento por desgaste que me foram apresentadas.
Reconheço também que é difícil conviver com tanta gente chata, implicante, outras bobas, inconstantes e que exigem tanto o seu esforço.
Infelizmente, teremos muito trabalho com ignorancia, inconstacias, imaturidades, volubilidades, gente mal vestida, roupa de miçanga com paetê, filas, dias de sol forte, pessoas mau humoradas, falta de educação e centro de cidade cheio. Precisaremos urgentemente de um plano para te revigorar e aumentar o seu funcionamento.
Entendo que deve ser muito complicado não ter férias, mas de vez em quando, eu deixo você sair de folga, desde que você me ajude a recuperar os possíveis prejuízos posteriores.
Também venho por meio desta lembrar que recentemente abandonamos alguns serviços e estou pensando seriamente em aprovar sua desistência daquele caso antes que você desapareça novamente.
Peço desculpas pelo excesso de exigência.

Grata,
Amanda