quinta-feira, 16 de julho de 2009

How To Save a Life?

A um tempo atrás eu me revirava na cama, virava noites em claro e me agoniava pensando nessa pergunta. Como salvar uma vida?
A uns anos atrás eu passei alguns meses com uma espécie de nó na garganta que se misturava em mil sentimentos, dúvidas e principalmente uma necessidade sobrenatural de....salvar. Eu era uma garota de colegial, ainda não sabia como administrar nem um sentimento quanto mais vários, várias sesações e junto com uma responsabilidade enorme. Eu não sabia se eu estava certa, tinha medo de estar errada, mas eu só sabia que o que eu sentia me queimava, apertava meu peito, era verdadeiro. Ao mesmo tempo eu tinha uma esperança, muito grande, sabia que tudo era uma questão de tempo. Essa loucura toda me intensificava ainda mais o que queimava no meu peito. Medo, amor, proteção, angustia... tanta coisa.
Eu lembro que eu escutava aquela música do The Fray "How To save a Life" e chorava, cada vez que repetia aquela frase, eu me revirava na cama. Eu só queria estar perto e aconchegada no que me angustiava, me amedrontava e que eu amava mais que tudo e que eu sabia que eu precisava de... salvar. As vezes, quando eu escutava essa música em algum lugar eu mandava a música parar, não escutava ela com muita frequencia com medo daquilo apertar meu coração e fazer um nó na minha garganta. Eu era só uma garota que ainda não conhecia o que um coração poderia fazer. Eu era só uma garota que acreditava em contos de fadas e prícipes em cavalos brancos.
Passados alguns anos eu me vejo na mesma situação, talvez eu não acredite mais em contos de fadas e príncipes. Mas tudo está se repetindo. Minha cabeça está girando e meu peito apertado exatamente como algum tempo atrás. Essa música me fez chorar de novo e o nó na garganta voltou. Aquela mistura estranha que me consome.
Antes era mais fácil, eram dois amores e uma sintonia. Hoje é um amor e duas sintonias. Não há quem dê ouvidos. Minhas palavras já não adiantam e tudo que eu falaria já é conhecido.
As mesmas lágrimas quentes. As mesmas dúvidas, o mesmo medo.
Antes eu tinha tanta segurança, tanta esperança, e hoje, eu já não sei. Está mais difícil que nunca e eu estou imóvel. Não sei mais o que falar, tanta coisa eu não posso falar e fazer, tenho medo de falar, medo de agir, medo de chorar. Cada lágrima é minha inimiga, cada palavra, cada jesto...
É tão difícil me segurar e me manter, eu sei que eu tenho um responsailidade que trava as minhas costas e quando eu chego em casa e fico sozinha, me desespera.
Eu nunca em toda minha vida me segurei tanto e dei tantos socos em paredes.
Agora qualquer erro meu, por menor que seja ou o mais inocente, é usado contra mim. Eu perdi até os meus direitos de chorar, de sentir, de expressar. Lutando contra uma vontade constante de sentir ódio e deixar pra trás, e junto vem a lembrança de que só resta a mim. Jesus não abandonaria, porque eu faria isso? Ele foi tão humilhado, escutou tanta besteira e mesmo assim não desistiu, doendo, sabendo que não davam valor, mas não desistiu.
E se eu cessasse minhas orações, quais orações teriam? Se eu não chamasse quem chamaria? Porque quem ama como eu amo? Quem aguentaria ficar sem resposta alguma e continuar tentando? Quem não abandonaria na milésima tentativa?
As vezes eu luto contra minha vontade de abandonar, a raiva que vem forte, a vontade de nunca mais me deparar com isso. Mas não posso.... mas não sei como fazer.
Eu simplesmente não sei o que fazer.

Eu queria ter a mesma esperança daquela garota de 17 anos.




"Primeiro, você diz : “precisamos conversar”
Ele anda, você diz : “sente-se, é apenas uma conversa”
Ele sorri cortês de volta pra você,
você o encara educadamente.
Algum tipo de janela a sua direita.
Enquanto ele vai para a esquerda você continua na direita,
entre as linhas do medo e da responsabilidade
e você começa a se perguntar porquê veio

Onde eu errei? eu perdi um amigo
em algum lugar na amargura.
Eu poderia ter ficado com você a noite toda,
Saberia eu como salvar uma vida?

Deixe-o saber que você sabe mais
Porque no final você realmente sabe mais
Tente acabar com o tempo da defesa dele
sem conceder inocência.
Estabeleça a lista do que está errado,
as coisas que você tem avisado-o esse tempo todo...
E ore a Deus para que ele te ouça,
E ore a Deus para que ele te ouça...

A medida que ele começa a levantar a voz
você baixa a sua e concede a ele uma útima chance.
Dirija até você perder a estrada
ou corte relações com o único que você tem seguido,
Ele fará uma das duas coisas:
Ele admitirá tudo
ou ele pode dizer que não é mais o mesmo
E você vai começar a se perguntar porquê veio.

Onde eu errei? eu perdi um amigo
em algum lugar na amargura.
Eu poderia ter ficado com você a noite toda,
Saberia eu como salvar uma vida?

como salvar uma vida..."

(The Fray - How To Save a Life)

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